A questão do caos urbano
Caos urbano - Culpa coletiva
Há anos me debruço sobre as causas que transformaram as pequenas, médias e grandes cidades em arcabouços da irresponsabilidade coletiva. Refiro-me ao desleixo público que o povo relega aos espaços urbanos das cidades onde moram. Fortaleza é uma prova insofismável dessa incoerência do ser humano face ao horrendo de nossas praças, avenidas, logradouros, principalmente no centro de sua sede municipal onde vislumbramos a ausência de políticas de preservação do nosso ambiente urbano. Não cabe aqui um julgamento sumário da irresponsabilidade coletiva. O lixo, a lama, os dejetos, a sujeira que recobre nossas artérias e praças além da culpa coletiva, é produto, também da inércia administrativa de nossos governantes através dos tempos. Desde o primeiro plano diretor de Fortaleza, nos primórdios do século passado, quando foram delineados os parámetros para uma urbe moderna com crescimento ainda horizontal e quando Fortaleza ainda não tinha um paredão de concreto em sua enseada, passados tantos anos o que assistimos é destruição de sua paisagem lúdica dando lugar a um intrincável labirinto de feiura urbanistica. Nossas praças foram ao longo do tempo invadidas pelo ente humano que destruiram sua inicial beleza simples onde era possível passeios e namoros para dar lugar a um violento estupro de sua inocência. O centro de Fortaleza é, como disse um políico há pouco tempo: "uma cloaca a céu aberto". O lixo invade esgotos. As ruas são "mercados persas" , o fedor invade narinas e o comércio ambulante tomou o espço do transeunte. O trânsito é uma babel e a violência grassa. A ausência do poder público é sentida quando notamos que não são cumpridos os códigos municipais. Se na mídia somos mostrados como a cidade da luz. A realidade mostra um retrato de Dorian Grey no final de sua existência. É preciso que nossos edis (são tantos) para não fazer quase nada, deixem seus discursos televisivos e façam o poder público cumprir as leis que regem nossas cidades. Em outro artigo direi mais sobre nossa periferia.
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